ADMITIR A DOENÇA É FUNDAMENTAL PARA A CURA

Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.  Romanos 5:18

Se a primeira verdade que aprendemos nas Escrituras a respeito do homem é que ele é um ser criado por Deus (Gn 1:26-28), a segunda verdade fundamental acerca do ser criado é que ele, pela entrada do pecado, alienou-se do Criador (Gn 3:5). Em consequência da queda, toda a posteridade de Adão herdou os resultados de seu pecado e a inclinação pecaminosa. As Escrituras afirmam que Adão foi criado à “semelhança de Deus” (Gn 5:1, 2), mas Adão gerou filhos “à sua semelhança, conforme a sua imagem” (Gn 5:3). Tal ruptura entre o homem e Deus não é uma ilusão ou mito. Não pode ser desconsiderada por qualquer ginástica psicológica. A queda, em sua enorme abrangência, envolveu todos os homens.

A humanidade tornou-se como um rio poluído em sua fonte. Os pecadores não são meramente pessoas que deixam de fazer o que é certo. Eles se tornaram inimigos, colocando seus esforços na direção oposta a Deus. Estão no campo adversário. Desde a queda, o homem natural não pode pensar direito, sentir direito, ver direito nem agir direito. O pecado perverteu e desorganizou toda a raça. Do ponto de vista humano, o pecado é incurável, com o agravante de que ele é o único tipo de enfermidade que leva a vítima a fugir do Médico.

O ser humano tornou-se como um navio cujo leme está fixo, amarrado no ângulo errado. Esta desordem moral e espiritual cobre toda a história humana, sendo perpetuada e expandida em cada geração. Não importa quão ignorantes as pessoas sejam, elas sempre sabem como pecar. Universalmente, os homens “são filhos da ira” (Ef 2:3), “filhos da desobediência” (Ef 5:6). Estão “mortos” em “delitos” (Ef 2:5).

Mas “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5:20). Se, em Adão, todos fomos expulsos do Éden e morremos; em Cristo, fomos resgatados e reconduzidos ao paraíso. Deus seja louvado por isso!

Em Cristo, pela justificação, somos livres da culpa do pecado; pela santificação, livres do poder do pecado; na glorificação, seremos libertos da presença do pecado. Em sentido final e absoluto, o pecado realmente não tem existência própria, porque não foi criado por Deus. Ele há de desaparecer assim como uma sombra desaparece na presença da plenitude de luz. (Autoria: Amin A. Rodor)

PRENÚNCIO DE UM MUNDO MELHOR

Das penas da inspiração nos são desvelados um vislumbre deste tão ansiado reino de Glória e Paz a ser instaurado neste planeta, in verbis:

"Levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti; Porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti. E os gentios caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu." (Isaías 60:1-3).

Mas como poderemos, nós seres humanos, “fazer deste mundo um lugar melhor” tal qual o acima descrito, enquanto nem sequer conseguimos ainda fazermos a necessária reforma do “homem interior”, o qual consabidamente é inerentemente egoísta?

O promotor de Justiça e mestre em Direito José Benjamim de Lima a este respeito discorre relatando ser “obra da civilização e da racionalidade reduzir ao mínimo tolerável a violência, o preconceito, a discriminação e a superstição, nas atividades e relações humanas. Ninguém, de sã consciência, defenderia a prevalência de tais desvalores.  Mas um mundo absolutamente isento deles seria um mundo humano?”

Acrescenta ainda que “o comportamento humano provavelmente nunca será inteiramente racional e escoimado de falsas concepções e maldades. O ser humano não é apenas uma somatória de bons sentimentos. Ao contrário, Impulsos agressivos e antissociais também fazem parte de todos nós e não há como ignorá-los.” Com quão acurada precisão nos afigura então a revelação divina quando nos declarou: "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam." (Isaías 64:6).

Exatamente neste contexto disse o Senhor que o Reino de Deus não vem com aparência exterior ou institucional, mas, está dentro de nós (Lucas 17:20-22). A cura divina opera no próprio ser humano, individualmente, regenerando-lhe a mente, limpando-a e transformando-a. Mas antes que este Reino possa chegar a cada um de nós, é que nos foi enviada a voz a clamar no deserto “Arrependei-vos”, para só então poder nos ser “chegado o Reino dos Céus” (Mateus 4:17), pois “O Meu Servo, o Justo, com o Seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre Si” (Isaías 53:11). Neste sentido nos refere uma autora cristã, verbis:

“O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Provérbios 28:13. Se os que escondem e desculpam suas faltas pudessem ver como Satanás exulta sobre eles, como escarnece de Cristo e dos santos anjos, pelo procedimento deles, apressar-se-iam a confessar seus pecados e deixá-los. Por meio dos defeitos do caráter, Satanás trabalha para obter o domínio da mente toda, e sabe que, se esses defeitos forem acariciados, será bem-sucedido. Portanto, está constantemente procurando enganar os seguidores de Cristo com seu fatal sofisma de que lhes é impossível vencer. Mas Jesus apresenta em seu favor Suas mãos feridas, Seu corpo moído; e declara a todos os que desejam segui-Lo: “A Minha graça te basta.” 2 Coríntios 12:9. “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Por que o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve.” Mateus 11:29, 30. Ninguém, pois, considere incuráveis os seus defeitos. Deus dará fé e graça para vencê-los.[1]

As boas-novas consistem assim no podermos ser justificados diante de Deus não por força das nossas obras, mas por causa da justiça de Jesus. A vastidão da nossa necessidade como pecadores, e a impossibilidade de atender a essas necessidades clama por uma solução divina.

A resposta de Deus ao apelo moral da humanidade é a cruz, o emblema de todo o plano da expiação. É loucura e confusão tentar acrescentar algo ao plano completo e perfeito de Deus com nossas “ações meritórias”, como se pudessem abater qualquer parte da nossa dívida moral como transgressores. Não temos qualquer justiça pela qual possamos gerar obras aceitáveis, muito menos compensar ou expiar nossa natureza decaída e nossas más ações.

A tentativa de acumular justiça, mesmo que seja indiretamente, através dos méritos da criatura, é uma profanação e depreciação do sacrifício expiatório de Cristo; é demonstração de menosprezo pelo custo elevado da nossa salvação e pela natureza humanamente incurável do pecado. Também revela ignorância sobre a santidade infinita de Deus e Seu padrão moral para todos os seres (cf. Tito 3:5-7).

Em outras palavras, somente Jesus viveu uma vida sem pecado, e Sua vida perfeita é creditada como se fosse nossa. Digo melhor, Jesus não só toma sobre Si mesmo os nossos pecados, nossos trapos de imundície, mas nos oferece a oportunidade de sermos revestidos de Suas vestes perfeitas de justiça (Mateus 22:1-14).

Dito isso, e embora os efeitos do pecado sobre a humanidade sejam muito profundos e devastadores, podemos vislumbrar na sua palavra que há uma saída. A Bíblia fala sobre a possibilidade de renovação e restauração da imagem de Deus em nós, e nos assevera já podermos, desde já, desfrutá-la em pelo menos certo medida, verbis:

"Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos." (Romanos 8:29)

"E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou." (Romanos 8:29)

"Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor, que é o Espírito." (2 Coríntios 3:18)

"É preciso que o coração e a mente de vocês sejam completamente renovados. Vistam-se com a nova natureza, criada por Deus, que é parecida com a sua própria natureza e que se mostra na vida verdadeira, a qual é correta e dedicada a ele." (Efésios 4:23, 24).

“As escrituras sagradas claramente nos apresenta a esperança de que podemos ser recriados à imagem de Deus. A renovação da imagem de Deus na humanidade é acompanhada de uma redução dos efeitos do pecado sobre nós e nossos relacionamentos. Nada disso, porém, é resultado da realização do próprio homem. A Bíblia aponta para Cristo como sendo a base da esperança de renovação do homem. Além disso, todas as mudanças operadas em nossa vida e nossa esperança de salvação devem repousar sempre no que Cristo realizou por nós e na oferta de salvação com base na Sua justiça, não na nossa”[2].

Na bíblia também encontramos a condição que deve ser cumprida para que seja iniciado esse processo de recriação do homem à imagem de Deus, in verbis:

"Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo." (2 coríntios 5:17)

“De modo geral, as evidências das Escrituras levam à conclusão de que a renovação espiritual ocorre ao custo de vigilância em uma guerra espiritual. É uma guerra entre a carne e o espírito (Gálatas 5:16, 17). Os que estão sendo renovados à imagem de Deus percebem que essa guerra espiritual é a realidade da experiência humana e, por isso, eles abraçam o desafio na força do Senhor (Efésios 6:10-13). Decidir ser recriado à imagem de Deus e se colocar ao lado do Senhor é como nos alistarmos como soldados numa batalha espiritual”.

Escrevendo sobre os que experimentaram o poder renovador de Cristo, uma escritora cristã observou, verbis:

“Mas porque esta é sua experiência, o cristão não deve cruzar os braços, satisfeito com o que já conseguiu. Aquele que está determinado a entrar no reino espiritual perceberá que todos os poderes e paixões da natureza não regenerada, apoiados pelas forças do reino das trevas, estão arregimentados contra ele. Ele precisa renovar sua consagração cada dia, e cada dia batalhar contra o mal. Velhos hábitos, tendências hereditárias para o erro, lutarão para manter a supremacia, e contra isso ele deve estar sempre em guarda, lutando na força de Cristo pela vitória”[3].

Ao nos apoderarmos assim das Suas promessas e permanecermos leais até o fim, é que triunfalmente poderemos dizer junto com o apóstolo Paulo:Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda". (2 Timóteo 4:7, 8).

Quando for cessada essa renhida batalha contra “os principados, contra as potestades, contra os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes" (Efésios 6:12) por ocasião da Sua Vinda, é que finalmente seremos coroados pelo Senhor Jesus com a gloriosa coroa da vida que ele nos prometeu (Apocalipse 12:10); e estaremos assim para sempre com o SENHOR.

Deste modo, será nesse momento perfeitamente cumprida a profecia de um mundo melhor “para nossas crianças”, pois os seres humanos “serão sacerdotes[4] de Deus e de Cristo e reinarão com ele” por toda a eternidade sem fim. Não foi por outra razão que o apóstolo Pedro exclamou com admiração: “vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz". (1 Pedro 2:9).

O Senhor, seu Deus, naquele dia, os salvará, como ao rebanho do Seu povo; porque eles são pedras de uma coroa e resplandecem na terra dEle” (Zc 9:16).

Todas as escrituras nos demonstram assim que "a salvação vem do SENHOR" (Salmo 3:8); Jesus, cujo nome significa "Iavé (Jeová) é salvação", "virá e vos salvará" (Isaías 35:4).

E é justamente por isso que nós, porém, segundo a Sua promessa, esperamos novos céus e nova Terra, nos quais habita justiça” (2 Pedro 3:13).

Nela "o lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR." (Isaías 65:25).

Por meio da beleza dessa linguagem poética, Isaías mostra que não haverá violência no novo mundo. Corrupção e violência, as características do mundo antediluviano que exigiram sua destruição, não existirão na Nova Terra. Será um mundo de harmonia e cooperação, um reino de paz. Estamos tão acostumados com violência, predação e morte que é difícil imaginar algo diferente.

E a respeito disso disse Jesus: “Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. (Apoc. 21:1-5)”.

Há sempre um infinito para além



Após a retromencionada reconciliação gloriosa entre Deus e a humanidade, a Terra ficará então sem maldição nenhuma e tudo o que foi perdido em decorrência do pecado será restaurado. Os remidos receberão um novo ambiente, nova vida, novo domínio, nova paz com o restante da criação e novo relacionamento com Deus. O propósito original por trás da criação da humanidade será então cumprido. Deus, a humanidade e a criação estarão em harmonia. E essa harmonia durará para sempre.

Ali toda faculdade se desenvolverá, e toda capacidade aumentará. Os maiores empreendimentos serão levados avante, as mais altas aspirações realizadas, as maiores ambições satisfeitas. E, todavia, surgirão novas culminâncias a galgar, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos assuntos a apelarem para as forças do corpo, espírito e alma. — Educação, 307.

Por mais que avancemos no conhecimento da sabedoria e do poder de Deus, há sempre um infinito para além. — The Review and Herald, 14 de Setembro de 1886.

Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus. Livres da mortalidade, alçarão vôo incansável para os mundos distantes — mundos que fremiram de tristeza ante o espetáculo da desgraça humana, e ressoaram com cânticos de alegria ao ouvir as novas de uma alma resgatada. Com indizível deleite os filhos da Terra entram de posse da alegria e sabedoria dos seres não-caídos. Participam dos tesouros do saber e entendimento adquiridos durante séculos e séculos, na contemplação da obra de Deus. Com visão desanuviada olham para a glória da criação, achando-se sóis, estrelas e sistemas planetários, todos na sua indicada ordem, a circular em redor do trono da Divindade. Em todas as coisas, desde a mínima até à maior, está escrito o nome do Criador, e em todas se manifestam as riquezas de Seu poder.”“E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. Ao revelar-lhes Jesus as riquezas da redenção e os estupendos feitos do grande conflito com Satanás, a alma dos resgatados fremirá com mais fervorosa devoção, e com mais arrebatadora alegria dedilharão as harpas de ouro; e milhares de milhares, e milhões de milhões de vozes se unem para avolumar o potente coro de louvor.

“O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor”. — O Grande Conflito, 678.





[1] Cf. O Grande Conflito, p. 489.
[2] Cf. http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2012/li342012.html#quinta
[3] Cf. Atos dos Apóstolos, p. 476, 477.
[4] Os salvos receberão autoridade como reis e sacerdotes. A ideia de realeza implica algum tipo de autoridade; a ideia de sacerdócio traz consigo a implicação de proporcionar a comunicação entre Deus e as outras criaturas, talvez até com as criaturas de outros mundos criados, que nunca conheceram a experiência do pecado nem a miséria que ela traz.


A RECEITA DA BOA IMAGEM

O coração alegre aformoseia o rosto,
Mas com a tristeza do coração o espírito se abate. (Romanos 5:8)


Uma famosa estrela de televisão latino-americana gastou a extraordinária soma de 120 mil dólares para realizar várias cirurgias, com o fim de rejuvenescer. Implantes, lipoaspiração e cirurgias em várias partes do corpo.
Três anos depois, os noticiários anunciaram a tentativa de suicídio. Drogada, alcoolizada e envelhecida, ninguém que a visse poderia acreditar que havia pouco tempo gastara uma fortuna para “aformosear o rosto”.
Salomão fala hoje da alegria como a melhor receita para a beleza exterior. Um coração alegre, basicamente é um coração agradecido e confiante. A confiança gera otimismo. As circunstâncias podem ser as mais absurdas. Do ponto de vista humano, pode dar a impressão de que tudo está de cabeça para baixo. A dor, a tristeza e as adversidades podem ter cercado você implacavelmente e, mesmo assim, você confia e é grato porque sabe que a sua vida está nas mãos de Deus.
O ressentimento, a mágoa, o rancor, a inveja são fontes de água envenenada. Quando você permite que elas se acumulem no seu coração, as consequências são visíveis e refletem-se no rosto.
Se isso é verdade na vida da pessoa, também é realidade na família, na empresa ou na instituição. Quando as pessoas estão alegres e felizes, quando o líder – seja ele o pai ou o gerente – consegue levar alegria e confiança aos seus liderados, o resultado é visto na imagem da instituição ou da família. O rosto é formoso porque o coração está contente.
Qual é a imagem que a sua família, sua empresa ou sua igreja projeta? É você um líder? Você não acha que talvez seja preciso sair do escritório, deixar de lado a burocracia, para chegar mais perto do ser humano, do filho, da esposa, do trabalhador ou do companheiro?
Se você é um homem de negócios, pense que, quanto mais felizes estiverem seus empregados, melhor atenderão aos clientes. E quanto mais satisfeitos estiverem os clientes, maior será o sucesso do seu negócio.

Revise os seus valores e atitudes hoje, antes de enfrentar mais um dia de trabalho, e lembre-se de que: “O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate”. (Cf. BULLÓN, Alejandro. Meditações diárias: janelas para a vida. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2011. p. 64)

EM QUEM CONFIAR?

Uns confiam em carros, outros em cavalos; nós, porém,
nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus. Sal. 20:7.

Na década de cinqüenta, Hollywood endeusou um jovem ator que, com uma combinação extraordinária de talento e beleza, foi indicado ao Oscar, quatro vezes consecutivas. Seu nome: Marlon Brando. No mês em que escrevo esta meditação, Brando encerrou o último capítulo de sua vida numa situação deprimente.

Patologicamente obeso e psicologicamente desequilibrado, a famosa estrela de outros tempos morreu no apartamento de um só quarto, sujo e dilapidado, escondendo suas duas estatuetas do Oscar dos credores que corriam atrás de uma dívida de quase 20 milhões de dólares.

Sua vida familiar tinha sido um desastre. Em 1990, seu filho Christian matou o namorado da irmã Cheyene e enfrentou um julgamento marcado por insinuações de incesto. Cinco anos mais tarde, Cheyene cometeu suicídio.

Houve momentos em que o excêntrico ator teve todo o dinheiro que quis. Bebeu e comeu do bom e do melhor. Torrou a fortuna e só encontrou refúgio numa ilha que comprou no Taiti. A realidade é que nunca teve paz. O dinheiro, o poder, e a fama não foram capazes de preencher o vazio enlouquecedor de seu triste coração.

O salmista Davi expressa isso no texto de hoje. Tudo o que você tocar, ver e possuir são miragens enganosas. Embora muitas vezes o ser humano não queira aceitar, é basicamente espiritual. E só pode ser feliz quando construir sobre o Senhor Jesus, a fonte da verdadeira paz e realização. Pena que, para entender isso, a pessoa precisa chegar a um ponto em que não sabe mais para onde ir, nem o que fazer. Olha para todos os lados buscando uma saída e só encontra sombras que o deixam cada vez mais confuso. 

Desespera-se, chora e busca inutilmente uma razão para estar vivo. O pior de tudo é que ninguém conhece sua angústia, porque ela habita no recôndito da alma.

Há momentos em que você se sente vazio? Tudo o que consegue não o satisfaz? Você corre e corre e não sabe exatamente atrás do quê? Antes de iniciar o dia, pense: “Uns confiam em carros, outros em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus.” (Alejandro Bullón)

Não mais "PERDIDOS"...

Por pouco outro brasileiro deixou de figurar no elenco do seriado televisivo "Lost". Mas quem terá sido este nosso conterrâneo? E porque ele, voluntariamente, rejeitaria tal proposta (de participar no seriado)?

"Beleza, dinheiro, fama, carreira no exterior; tudo isso ele teve de sobra. Aos 24 anos de idade, Luca Mendes, era um sucesso em sua profissão de modelo internacional. Morava em Nova York e tornou-se o 8º modelo de mais sucesso no mundo da moda. Ganhando muito dinheiro e fotografando com os melhores fotógrafos para grandes marcas, ele sentia que alguma coisa estava errada, e que ele não era feliz. Conheça a virada de 180º que aconteceu na vida de Luca e como ele encontrou a verdadeira felicidade".


ANÁLISE CRÍTICA DA MÚSICA “HEAL THE WORLD”

INTRODUÇÃO


Este discurso tem como objeto de análise a letra da música “Heal The World”, cantada por Michael Jackson no estádio Nya Ullevi em 1997.

Na consecução desse mister será empregado um enfoque com maior preponderância no que tange aos traços sociológicos e demais implicações de ordem moral e escatológica presentes na canção em comento.

Segue abaixo uma tradução da letra em foco, textualmente:

Cure o Mundo

"Pense sobre as gerações e elas dizem:
Nós queremos fazer deste mundo um lugar melhor
Para nossos filhos
E para os filhos dos nossos filhos.

Para que eles vejam
Que este é um mundo melhor para eles
E saibam que podem
fazer deste um lugar ainda melhor.

Há um lugar no seu coração
E eu sei que é amor
E este lugar pode ser
Muito mais brilhante do que amanhã

E se você realmente tentar
Você descobrirá que não há necessidade de chorar
Neste lugar você vai sentir
Que não há mágoa ou tristeza

Há caminhos para chegar lá
Se você se importa o suficiente com a vida
Crie um pequeno espaço
Crie um lugar melhor

Cure o mundo
Faça dele um lugar melhor
Para você e para mim
E toda a raça humana

Há pessoas morrendo
Se você se importa o suficiente com a vida
Faça dele um lugar melhor
Para você e para mim

Se você quer saber porque
O amor não pode mentir
O amor é forte
E só nos dá dádivas alegres

Se nós tentarmos, nós veremos
Nesta benção
Não podemos sentir medo ou temor
Paremos o existir e comecemos o viver

Em seguida, sempre sentiremos
Que o amor é suficiente para nós crescermos
Então faça um mundo melhor
Faça um mundo melhor

Cure o mundo
Faça dele um lugar melhor
Para você e para mim
E toda a raça humana

Há pessoas morrendo
Se você se importa o suficiente com a vida
Faça dele um lugar melhor
Para você e para mim

E o sonho em que fomos concebidos
Revelará um rosto alegre
E o mundo em que sempre acreditamos
Brilhará novamente em graça

Então por que continuamos sufocando a vida?
Ferindo a Terra, crucificando sua alma...
Mas é claro ver
Que este mundo é divino, é a luz de Deus

Nós podemos voar tão alto
E nunca deixe nossos espíritos morrerem
No meu coração eu sinto
Vocês todos meus irmãos

Crie um mundo sem medo
Juntos nós choraremos lágrimas de alegria
Veja as nações transformarem suas espadas
Em arados

Nós realmente poderíamos chegar lá
Se você se importou o suficiente com a vida
Faça um pouco de espaço
Para fazer um lugar melhor

Cure o mundo
Faça dele um lugar melhor
Para você e para mim
E toda a raça humana

Há pessoas morrendo
Se você se importa o suficiente com a vida
Faça dele um lugar melhor
Para você e para mim [3x]

Há pessoas morrendo
Se você se importa o suficiente com a vida
Faça dele um lugar melhor
Para você e para mim[2x]

Para você e para mim
(Faça um lugar melhor)[3x]

Para você e para mim
(Cure o mundo em que vivemos)
Para você e para mim
(Salve-o para nossas crianças)[4x]


1 – CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E ESCATOLÓGICA


“Pense sobre as gerações e elas dizem:
Nós queremos fazer deste mundo um lugar melhor
Para nossos filhos
E para os filhos dos nossos filhos.”

Pensando sobre as nossas passadas gerações e no que elas dizem, podemos chegar a algumas intrigantes ilações.

Observe que desde Kant e o iluminismo já estávamos concretamente aspirando a uma Paz Perpétua, um novo mundo sem desigualdades sociais, fome, guerras e demais injustiças. Acreditava-se então que com o racionalismo a despontar e com o poder do humano intelecto a dominar a natureza mediante os instrumentais da ciência, não haveria mais limites ao potencial humano. Poderíamos tudo.

Mas a despeito de tamanha luz assim apregoada naquele século, o que ocorreu posteriormente foi justamente o contrário. Nunca dantes se ouvira de tantas guerras, violência e destruição na escala e proporção assombrosas como o atestam os anais da história moderna e contemporânea.

Na sucessão dos tempos que se seguiram ao vaticínio de Immanuel Kant quanto à paz vir a ser garantida perpetuamente (em contextos políticos e jurídicos), in veritatis, o que vimos foram massacres humanos inauditos. Infelizmente ainda continuamos vendo isso. Nem mesmo a nação filosoficamente mais adiantada da Europa, a Alemanha, conseguiu escapar dessa tortuosa tendência humana. Não foi a toa que o filósofo Nietzsche declarou que Deus estava morto.

Milênios atrás, a frase proferida pela divida inspiração "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; " (Jeremias 17:9) ganharia eco posteriormente na conhecida máxima Homo homini lupus: o homem é o lobo do homem de autoria do filósofo inglês Thomas Hobbes.

E isso é justamente o que ocorre quando tiramos Deus da equação: Suas criaturas então “se mordem e se devoram uns aos outros” (Gl 5:15, NVI). E assim se devoram porque ignoraram os dizeres desse mesmo grandioso e glorioso Deus quando Ele nos disse: “porque sem mim nada podeis fazer." (João 15:5).

ESTAMOS NOS PREOCUPANDO TANTO COM AS COISAS IMPORTANTES DESTA VIDA QUE ACABAMOS POR NOS ESQUECER DO ABSOLUTAMENTE INDISPENSÁVEL


No Universo, nada existe independentemente do Senhor. Ele criou tudo: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (João 1:3). Não só isso, mas Ele é quem sustenta tudo. Ainda mais surpreendente é saber que Aquele que criou e tudo mantém foi crucificado por nós.

“O apóstolo Paulo, escrevendo pelo Espírito Santo, declarou acerca de Cristo: ‘Tudo foi criado por Ele e para Ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele’ (Cl 1:16, 17, RC). A mão que sustém os mundos no espaço, a mão que conserva em seu ordenado arranjo e incansável atividade todas as coisas através do Universo de Deus, é a que na cruz foi pregada por nós”[1].

Ele é, verdadeiramente, o Homem que é a medida de todas as coisas.

Ele é o verdadeiro “Amor Forte” e que “não pode mentir”; e viveu para nos conceder a dádiva da verdadeira alegria. Pois “pelas suas pisaduras fomos sarados” e “o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele”. (Isaías 53:5).

E “nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 João 3:16).

E isso é de tal modo verdadeiro, que para podermos ter sucesso nessa empreitada de “fazer um mundo melhor”, imperioso será primeiro que o limitado esforço humano se una ao poderoso braço do Poder Infinito.

“Há um lugar no seu coração
E eu sei que é amor
E este lugar pode ser
Muito mais brilhante do que amanhã”

A letra dessa música continua insistindo quanto ao amor que existe dentro de nós. Mas pergunto: donde verdadeiramente promana este amor?

“Todo o amor paternal que veio de geração em geração através do coração humano, toda fonte de ternura que se abriu na alma do homem, não passam de tênue riacho em comparação com o ilimitado oceano, quando postos ao lado do infinito, inexaurível amor de Deus. A língua não o pode exprimir, nem a pena é capaz de o descrever. Podeis meditar nele todos os dias de vossa vida; podeis esquadrinhar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; podeis concitar toda faculdade e poder a vós concedidos por Deus, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celeste; e todavia existe ainda um infinito para além. Podeis estudar por séculos esse amor; não obstante jamais podereis compreender plenamente a extensão e a largura, a profundidade e a altura do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade nunca o poderá bem revelar.”[2]

A letra também nos fala de um lugar muito mais brilhante do que amanhã. Todavia, não posso imaginar um lugar que brilhe mais do que naquele onde habite a gloriosa pessoa de Jesus Cristo. O mesmo Deus que criou o sol e todas as estrelas do Universo afirma de Si mesmo: EU SOU a brilhante Estrela da manhã (Apocalipse 22:19).

“Ele é quem curará o mundo
Fará dele um lugar melhor
Para você e para mim
E para toda a raça humana”

‘Eu vim’, diz Ele, ‘para que tenham vida, e a tenham com abundância’ (João 10:10) “pois eu sou o Senhor que te sara" (Êxodo 15:26).

“Se nos arrependemos de nossa transgressão e recebemos Cristo como o Doador de vida, nosso Salvador pessoal, tornamo-nos um com ele, e nossa vontade é trazida em harmonia com a vontade divina. Tornamo-nos coparticipantes da vida de Cristo, que é eterna. Obtemos de Deus a imortalidade ao receber a vida de Cristo, pois em Cristo ‘habita corporalmente toda a plenitude da divindade’ (Colossenses 2:9). Essa vida é a misteriosa união e cooperação do divino com o humano.”

Por isso, ao entrar no mundo, diz: "Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste;" (Heb. 10:1-5)

“Como portador dos pecados, sacerdote e representante do ser humano diante de Deus, Ele [Cristo] assumiu a vida humana, possuindo nossa carne e nosso sangue. A vida está na vital corrente de sangue, sangue que foi dado pela vida do mundo. Cristo fez plena expiação, dando Sua vida como resgate por nós. Nasceu sem mancha de pecado, mas entrou no mundo de certa forma como a família humana. Não tinha mera semelhança de corpo, mas tomou a natureza humana, participando da vida da humanidade.”

“De acordo com a lei que o próprio Cristo deu, a herança usurpada foi resgatada pelo membro mais próximo da família. Jesus Cristo depôs Suas vestes reais, a coroa real, e revestiu a divindade com a humanidade, a fim de se tornar Substituto e segurança para a humanidade, para que, morrendo em humanidade, pudesse, por Sua morte, destruir aquele que tinha o poder da morte. Ele não podia ter feito isso como Deus, mas, vindo como homem, Cristo podia morrer. Pela morte, venceu a morte. A morte de Cristo ceifou Aquele que tinha o poder da morte, e abriu as portas da tumba a todo aquele que O recebe como seu Salvador pessoal.”[3]

“A palavra da cruz[4] é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus." (1 Coríntios 1:18).

É por isso que a despeito de toda a “perversidade” ainda existente neste mundo, não precisamos ter medo, uma vez que “despojando os principados e as potestades, publicamente (Jesus) os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz." (Colossenses 2:15)

“Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? (Heb. 13:6)”.

“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rom. 8:38-39).

E reiteradamente o Senhor Jesus Cristo, o Senhor Deus Forte, Pai da Eternidade reafirma: “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da Minha justiça.” (Isaías 41:10).

Pois Ele é quem Criará um mundo sem medo
Juntos nós choraremos lágrimas de alegria
Veja as nações transformarem suas espadas
Em arados

Antevendo em visão tão glorioso dia, o discípulo amado profetizou:

"Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram." (Apocalipse 21:4).

E “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!”

2. “Este mundo é divino, é a luz de Deus”


Esta é de fato, uma linda declaração. O mundo o é realmente assim não porque possua em si mesmo os atributos da divindade, mas sim porque ainda reflete, em certa medida, a Glória dAquele o criou.

Digo isso para desmitificar a crença de alguns que confundem o Criador com a obra que o mesmo realizou; assim como o artista se distingue da pintura por si concretizada, assim o universo e tudo que o mesmo contém não pode, logicamente, ser o seu próprio arquiteto e construtor.

Deus se situa além do universo que criou, fora dos limites do tempo e espaço por Si erigidos. Ele é “o único que é imortal e habita em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver” (1 Timóteo 6:16).
Ir contrariamente a este entendimento seria incorrer no que se denomina panteísmo, verbis:

O Panteísmo é a crença de que Deus é tudo e todo mundo e que todo mundo e tudo é Deus. O Panteísmo é semelhante ao Politeísmo (a crença em muitos deuses), mas vai além dele ao ensinar que tudo é Deus. Uma árvore é Deus, uma rocha é Deus, um animal é Deus, o céu é Deus, o sol é Deus, você é Deus, etc. O Panteísmo é a suposição por trás de muitas seitas e religiões falsas (ex: Hinduísmo e Budismo, as várias seitas de unidade e unificação, e os adoradores da mãe natureza).

A Bíblia ensina o Panteísmo? Não, não ensina. O que muitas pessoas confundem com Panteísmo é a doutrina da onipresença de Deus. Salmos 139:7-8 declara: "Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também." A onipresença de Deus significa que Ele está presente em todo os lugares. Não há qualquer lugar no universo onde Deus não esteja presente. Isso não é o mesmo que Panteísmo. Deus está em todo canto, mas Ele não é tudo. Sim, Deus está "presente" dentro de uma árvore ou de uma pessoa, mas isso não torna aquela árvore ou pessoa Deus. O Panteísmo não é de qualquer forma uma crença bíblica e é incompatível com fé em Jesus Cristo como Salvador (João 14:6; Atos 4:12).[5]

Ao longo das eras, muitas vozes já se manifestaram no desejo de entronizar a natureza no lugar dAquele a quem realmente de direito; e no mesmo contexto no qual declarara que Deus estava morto, assim falava também Nietzsch,

“Rogo-vos meus irmãos, permanecei fiéis à terra, e não creiais naqueles que vos falam de esperanças de outros mundos!”. Acrescentou: “No passado o pecado contra Deus era o maior pecado; mas esses pecadores morreram com ele. Agora pecar contra a terra é a coisa mais terrível” (Assim falava Zaratustra, p. 125).

Não duvido que pessoas assim, se tivessem os meios e a oportunidade, iriam mesmo querer “matar” a Deus. E vimos isso claramente no calvário, pois Ele “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (João 1:11). Deste modo, aqueles que não quiseram assim “Ferir a Terra”, contudo, acabaram “crucificando sua alma”. Por violarem o mandamento que dizia “não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3), acabaram igualmente por transgredir o mandamento de Cristo o qual dizia “amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” (Deuteronômio 6:15 e Marcos 12:30).

Ignoram a realidade de que, se não fosse por Cristo, nós todos nem teríamos tido a oportunidade de nascer. Isso porque sem Ele, a posteridade da humanidade ainda estaria sendo irremediavelmente contada entre os transgressores da Sua Lei; "porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos (....)." (Isaías 53:12).

E é só na Cruz do calvário que podemos começar a compreender a real malignidade do pecado. O discípulo amado o define como “a transgressão da lei” moral divina (1 João 3:4).

E a mesma transgressão a essa Lei (que não é senão a transcrição do Seu caráter) é o que faz a separação entre nós e o nosso Deus; e os nossos pecados encobrem o Seu rosto de nós, para que não nos ouça (Isaías 59:2).

"Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." (Romanos 5:8).

E "este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más." (João 3:19).

CONCLUSÃO


Ao pensar nas futuras gerações, nós seres humanos precisamos sim buscar a solução definitiva para que seja estabelecido um mundo melhor para nossa descendência.

Essa solução é Jesus Cristo.

“E o sonho em que fomos concebidos
Revelará um rosto alegre
E o mundo em que sempre acreditamos
Brilhará novamente em graça”,

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." (Isaías 9:6).

Assim, “Se você se importa o suficiente com a vida, Crie um pequeno espaço” para que o autor e redentor da tua vida encontre morada e possa então nos “criar um lugar melhor”

“Para você e para mim
(para que Ele “Cure o mundo em que vivemos”)
Para você e para mim
(Para que Ele “Salve as nossas crianças”).”




[1] Cf. JESUS PROVEDOR e mantenedor. Lições da bíblia, S.l., s. d. Disponível em: < http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2013/li812013.html> Acesso em 18 Jul. 2013.
[2] Cf. Testemunhos Seletos 2:337
[3] Cf. SDA Bible Commentary, vol. 7, págs. 925 e 926.
[4] Cf. HUNT, Dave. A FINALIDADE DA CRUZ. Chamada.com.br, S.l., s. d. Disponível em: < http://www.chamada.com.br/mensagens/cruz.html> Acesso em 12 Jul. 2013.
[5] Cf. PANTEISMO. Gotquestions, S.l., s. d. Disponível em: <http://www.gotquestions.org/Portugues/panteismo.html#ixzz2XpQCx0Ev> Acesso em 29 jun. 2013.

Enoques Modernos

Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para Si. (Gênesis 5:24)

Enoque foi um exemplo. Os desalentados fiéis de seu tempo aprenderam que, embora vivessem entre pessoas corruptas e pecadoras, que estavam em aberta e ousada rebelião contra Deus, seu Criador, poderiam proceder com justiça como o fiel patriarca. Se obedecessem ao Senhor e tivessem fé no Redentor prometido, seriam aceitos por Deus e, finalmente, exaltados ao Seu trono celestial.

Enoque, separando-se do mundo e dedicando muito de seu tempo à oração e à comunhão com Deus, representa o leal povo de Deus nos últimos dias, que se há de separar do mundo. A injustiça deverá prevalecer em terrível extensão sobre a Terra. Os seres humanos se dedicarão a seguir toda imaginação de seu corrupto coração, impondo sua enganosa filosofia e rebelião contra a autoridade dos altos Céus.

O povo de Deus vai se separar das práticas injustas dos que o rodeiam e procurará a pureza de pensamentos e a santa conformidade com a vontade dEle, até que a divina imagem de Deus seja refletida neles. Como Enoque, estarão se preparando para a trasladação ao Céu. Enquanto se esforçam para instruir e advertir o mundo, eles não se conformarão ao espírito e aos costumes dos descrentes, mas os condenarão por meio de seu santo procedimento e piedoso exemplo. A trasladação de Enoque para o Céu, pouco antes da destruição do mundo pelo dilúvio, representa a trasladação de todos os justos vivos da Terra antes de sua destruição pelo fogo. Os santos serão glorificados na presença daqueles que os odiaram por sua leal obediência aos justos mandamentos de Deus.

Enoque instruiu sua família a respeito do dilúvio. Matusalém, o filho de Enoque, ouviu a pregação de seu neto Noé, que fielmente advertiu os habitantes do velho mundo de que um dilúvio de águas estava para vir sobre a Terra. Matusalém, seus filhos e netos viveram nesse tempo em que a arca foi construída. Eles, juntamente com alguns outros mais, receberam instruções de Noé e o auxiliaram em seu trabalho (Signs of Times, 20 de fevereiro de 1879).

Enoque e o Plano da Salvação

Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre Suas santas miríades. (Judas 14)

O Senhor abriu para Enoque o plano da salvação e, pelo Espírito de Profecia, transportou-o através das gerações que viveriam depois do dilúvio, mostrando-lhe os grandes eventos relacionados com o segundo advento de Cristo e o fim do mundo.

Enoque estivera perturbado com respeito aos mortos. Parecia-lhe que os justos e os ímpios iriam para o pó juntamente, e que esse seria o fim dele. Não podia ver claramente a vida do justo além da sepultura. Em visão profética, foi instruído com relação ao Filho de Deus, que deveria morrer como sacrifício pelo ser humano, e foi-lhe mostrada a vinda de Cristo nas nuvens do céu, acompanhado pelo exército angelical, a fim de dar vida aos justos mortos e resgatá-los de sua sepultura. Viu também o estado corrupto do mundo, no tempo em que Cristo apareceria pela segunda vez. Haveria uma geração arrogante, presunçosa, egoísta, arregimentada em rebelião contra a lei de Deus, negando o único Senhor Deus e o nosso Senhor Jesus Cristo, tripudiando sobre o sangue dEle e desprezando Sua expiação. Viu os justos coroados de glória e honra, e os ímpios banidos da presença do Senhor, destruídos pelo fogo.

Por meio das bênçãos e honras que concedeu a Enoque, o Senhor ensina aqui uma lição da maior importância: serão recompensados todos os que pela fé confiarem no sacrifício prometido e fielmente obedecerem aos mandamentos de Deus. Duas classes são aqui outra vez representadas como devendo existir até o segundo advento de Cristo: os justos e os ímpios, os rebeldes e os leais. Deus Se lembrará dos justos, que O temem. Em consideração a Seu amado Filho, Ele os estimará e honrará, dando-lhes a vida eterna. Mas os ímpios, aqueles que pisam Sua autoridade, Ele os cortará da Terra e os destruirá. Serão como se nunca tivessem existido.

Depois da queda de Adão, de um estado de perfeita felicidade para uma condição de pecado e miséria, havia o perigo de os seres humanos se tornarem desencorajados. Mas as instruções que Deus concedeu a Adão, repetidas a Sete e plenamente exemplificadas por Enoque iluminaram o caminho de trevas e escuridão, dando esperança às pessoas de que, assim como por meio de Adão veio a morte, mediante Jesus, o Redentor prometido, viria vida e imortalidade (Signs of Times, 20 de fevereiro de 1879).