A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão. (Prov. 10:7)
Uma característica dos provérbios é o uso da antítese. Através da antítese, o autor ensina uma lição por contraste. Apresentam-se dois caminhos, duas situações ou dois destinos, e implicitamente deixa-se a escolha com o leitor.
No verso de hoje, fala-se do justo e do perverso. O
que acontece com a memória do perverso? O perverso não tem em conta a
Deus nas suas decisões e, quando morre, “cai em podridão”, afirma o
texto.
Você se atreveria a colocar no seu filho o nome de
Judas, Nero ou Hitler? Mas você encontra cachorros com esses nomes. Isto
mostra que “os perversos” não são esquecidos. São lembrados, mas com
pena, com dó, com tristeza e, às vezes, com mágoa e raiva.
Em vida, essas pessoas tiveram tudo o que o ser
humano aparentemente precisa para ser feliz: fama, riqueza, prazer e
poder. Compensou? Quem sabe sim, do ponto de vista humano. Mas, e aí? A
vida é apenas isso?
Multidões correm atrás das luzes fascinantes desta
vida. Glória, fama, riqueza e poder parecem tornar-se as coisas mais
importantes, enquanto as pessoas amadas ficam à beira do caminho,
esperando uma palavra de amor, um gesto de carinho, ou um pouco de tempo
para sentir-se importante. A vida passa. Quando você percebe, a
primavera e o verão já foram, o inverno chegou e você está só, cheio de
dinheiro, poder e fama, talvez. Mas irremediavelmente só.
Em contraste, “a memória do justo é abençoada”.
Porventura, não se contam até hoje as histórias de José, Daniel, Isaque e
outros heróis da fé?
Preciso todos os dias revisar os valores que me
inspiram, preciso repensar as minhas motivações. Quanto vale a confiança
de um filho, a compreensão da esposa ou o sorriso de um neto? Quanto
vale o olhar agradecido de alguém a quem ofereci um pouco de meu tempo?
Você está vivendo e trabalhando só para esta vida ou
também para a eternidade? Analise isso, porque “a memória do justo é
abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão”. (Alejandro Bullón)
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