O Filho
de Deus deixou Suas riquezas, honra e glória e revestiu Sua divindade com a
humanidade, essa humanidade que pode se apoderar da divindade e tornar-se
participante da natureza divina. Ele veio não para viver em palácios reais, sem
preocupações ou trabalhos e ser provido de toda comodidade que a natureza
humana tão naturalmente anseia. O mundo jamais contemplou o Senhor em toda a
Sua riqueza. No concílio do Céu, Ele escolheu permanecer nas fileiras do pobre
e do oprimido, aprender o ofício de seus pais terrenos. Ele veio ao mundo para
ser um reconstrutor de caráter e trouxe para o trabalho que realizava a
perfeição que desejava reproduzir no caráter que estava transformando por Seu
divino poder.
Também
não se esquivou de participar da vida social de Seus compatriotas. A fim de que
todos pudessem estar familiarizados com esse Deus manifestado em carne, Ele Se
misturava com todas as classes da sociedade e era chamado de amigo dos
pecadores. Cristo possuía em Si mesmo o direito absoluto sobre todas as coisas,
mas entregou-Se a uma vida de pobreza para que o ser humano pudesse se tornar
rico nos tesouros celestiais. Sendo o Comandante das cortes celestes, assumiu o
mais humilde lugar na Terra. Rico, fez-Se pobre por amor de nós.
Por algum
tempo ainda o Senhor permite que o homem seja Seu administrador, para que possa
provar seu caráter. É nesse tempo que o ser humano decide seu destino eterno.
Se agir em oposição à vontade de Deus, não poderá pertencer à família real.
Damos
evidência da graça de Cristo no coração quando fazemos o bem a todos, sempre
que temos a oportunidade. A prova de nosso amor é dada em um espírito
semelhante ao de Cristo, na boa vontade de partilhar as boas coisas que Deus
nos deu, na espontaneidade em praticar a abnegação e o sacrifício a fim de
ajudar a promover a causa de Deus e da humanidade sofredora. Nunca devemos
passar por alto o objeto que solicita nossa liberalidade.
O Senhor usará a todos que se dispuserem ser
usados por Ele. Requer, porém, um serviço de coração. Quando entregamos o
coração a Deus, nossos talentos, nossas energias, nossas posses, tudo o que
temos e somos será consagrado ao Seu serviço (Review and Herald, 15 de maio de 1900).
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