Nos Passos de Cristo

Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, [...] [que] a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens. (Filipenses 2:5-7)

 

O Filho de Deus deixou Suas riquezas, honra e glória e revestiu Sua divindade com a humanidade, essa humanidade que pode se apoderar da divindade e tornar-se participante da natureza divina. Ele veio não para viver em palácios reais, sem preocupações ou trabalhos e ser provido de toda comodidade que a natureza humana tão naturalmente anseia. O mundo jamais contemplou o Senhor em toda a Sua riqueza. No concílio do Céu, Ele escolheu permanecer nas fileiras do pobre e do oprimido, aprender o ofício de seus pais terrenos. Ele veio ao mundo para ser um reconstrutor de caráter e trouxe para o trabalho que realizava a perfeição que desejava reproduzir no caráter que estava transformando por Seu divino poder.
Também não se esquivou de participar da vida social de Seus compatriotas. A fim de que todos pudessem estar familiarizados com esse Deus manifestado em carne, Ele Se misturava com todas as classes da sociedade e era chamado de amigo dos pecadores. Cristo possuía em Si mesmo o direito absoluto sobre todas as coisas, mas entregou-Se a uma vida de pobreza para que o ser humano pudesse se tornar rico nos tesouros celestiais. Sendo o Comandante das cortes celestes, assumiu o mais humilde lugar na Terra. Rico, fez-Se pobre por amor de nós.
Por algum tempo ainda o Senhor permite que o homem seja Seu administrador, para que possa provar seu caráter. É nesse tempo que o ser humano decide seu destino eterno. Se agir em oposição à vontade de Deus, não poderá pertencer à família real. 

Damos evidência da graça de Cristo no coração quando fazemos o bem a todos, sempre que temos a oportunidade. A prova de nosso amor é dada em um espírito semelhante ao de Cristo, na boa vontade de partilhar as boas coisas que Deus nos deu, na espontaneidade em praticar a abnegação e o sacrifício a fim de ajudar a promover a causa de Deus e da humanidade sofredora. Nunca devemos passar por alto o objeto que solicita nossa liberalidade.
O Senhor usará a todos que se dispuserem ser usados por Ele. Requer, porém, um serviço de coração. Quando entregamos o coração a Deus, nossos talentos, nossas energias, nossas posses, tudo o que temos e somos será consagrado ao Seu serviço (Review and Herald, 15 de maio de 1900).

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