Deus já está Selando o Seu Povo

Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus (Apocalipse 7:3). Aqueles que receberem o selo de Deus em suas frontes serão protegidos durante as pragas apocalípticas; e será justamente nesta ocasião que a seguinte profecia terá o seu mais perfeito e literal cumprimento: “Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás e verás o castigo dos ímpios. Pois disseste: O SENHOR é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos” (Salmos 91:7-11).

Mas então você pode perguntar, - o que é o selo de Deus? O que significa o selo descrito em Apocalipse 7:3? Resposta: "Resguarda o testemunho, sela a lei no coração dos meus discípulos." (Isaías 8:16)

Vemos assim que a chave para a compreensão do que seja o selo de Deus se encontra na Sua Lei moral. Um selo é o que torna um documento oficial, e ele normalmente contém três características: Nome, Função e Jurisdição (Domínio). Um exemplo bíblico seria o de Ciro, rei da Pérsia, em Esdras 1:1.

E em qual dos Dez Mandamentos se encontram todos os elementos de um selo? Resposta: porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êxodo 20:11).

O quarto mandamento é o único que contém todos os três elementos de um selo: (1) “o SENHOR” – Seu nome, (2) “fez” – Sua função como Criador e (3) “os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” – Sua Jurisdição ou Domínio.

A presidente da república Dilma Vana Rousseff tem um ‘carimbo’. Com este carimbo, ela autentica seus documentos. Este carimbo de Dilma pode ser considerado como sendo um selo, pois distingue determinado documento como sendo dela. É considerado um selo porque tem três principais características: Nome, Função e Domínio (Jurisdição).


*NOME: Dilma Vana Rousseff.

*FUNÇÃO: Presidente.

*DOMÍNIO: Brasil.


Percebeu? O sábado tem estas 3 (três) características de um selo, pois contém o nome do dono do selo, sua função e seu domínio:

*NOME: “Senhor Deus”

*FUNÇÃO: Criador. “Porque em seis dias fez o Senhor...”.

*DOMÍNIO: O Universo. “... o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há...”.


Além disso, Deus nos deu o presente do sábado como um especial sinal do Seu poder: “Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o SENHOR que os santifica.” (Ezequiel 20:12). E também para que sejamos “marcados” como propriedade distinta Sua, pois ao guarda-lo estaremos demonstrando ao mundo e ao universo que reconhecemos Jesus Cristo como sendo verdadeiramente o nosso Deus: “santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o SENHOR, vosso Deus.” (Ezequiel 20:20).


Deste modo, nós podemos claramente ver que Deus declara que Ele nos deu o Sábado, o sétimo dia, como um sinal da Sua autoridade como Criador e poder santificador daqueles a quem Ele “predestinou” a serem justificados e separados do mundo para Si. É o Seu selo, ou marca de autoridade. As palavras “selo”, “sinal” e “marca” são usadas de forma intercambiada ao longo de toda a bíblia (nós podemos ver esse intercâmbio, p. ex., ao traçarmos um paralelo entre Genesis 17:11 e Romanos 4:11 e, igualmente, ao compararmos Apocalipse 7:3 com Ezequiel 9:4).

Profecia - O sonho de Nabucodonosor em Daniel 2

 
As profecias de Daniel assumem um papel singular na literatura bíblica devido ao tempo em que foram escritas e à sua própria natureza. A obra foi confeccionada no 6º século A.C. por um certo hebreu, chamado Daniel, que tinha sido desterrado, juntamente com parte de seu povo, para a exuberante cidade da Babilônia e versa sobre alguns fatos relacionados à vida desse herói da fé, além dos vaticínios dos quais vamos nos ocupar.


No 2º capítulo de Daniel você encontrará a fascinante história do sonho de Nabucodonosor, rei de Babilônia. Consta que esse poderoso monarca teve um sonho estranho do qual não conseguia se lembrar. Ele convocou, então, todos os sábios da corte e exigiu não somente a interpretação do sonho que tivera, mas também que o fizessem lembrar do próprio sonho. Como não puderam fornecer nada daquilo que o soberano lhes pedira, foram sentenciados à morte. Mas Daniel interveio em favor dos sábios e, tendo orado ao Senhor, recebeu, numa noite, mediante revelação divina, tanto o sonho quanto sua interpretação.

Comparecendo perante o rei, narrou-lhe o conteúdo do sonho da maneira que se segue: "Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze; as pernas de ferro, os pés em parte de ferro, em parte de barro. Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios. Mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou em grande montanha que encheu toda a terra." Daniel 2:31-35.
 
 
Procure visualizar em sua mente essa estátua: um monumental esboço de ser humano cujas partes do corpo eram feitas de elementos diversos: 1º) cabeça de ouro; 2º) peitos e braços de prata; 3º) quadris e coxas de bronze; 4º) pernas de ferro; e 5º) pés e dedos de ferro e barro misturados. Agora, prezado leitor, tente imaginar uma gigantesca pedra vindo do céu, chocando-se com a estátua e transformando-a num montão de pó. Imagine ainda aquela pedra crescendo e crescendo até se tornar numa imensa montanha cobrindo toda a terra. Ao ouvir essa empolgante narração, Nabucodonosor encheu-se de admiração e mui ansioso aguardava que o jovem hebreu também pudesse fornecer a interpretação.

 

 

 

 

A CABEÇA DE OURO - BABILÔNIA.

 

Olhando com grande satisfação para o monarca, disse Daniel: "Este é o sonho: e também a sua interpretação diremos ao rei." Daniel 2:36. Tomando fôlego, prosseguiu em suas palavras: "Tu, ó rei, rei de reis, a quem o Deus do céu conferiu o reino, o poder, a força e a glória; a cujas mãos foram entregues os filhos dos homens, onde quer que eles habitem, e os animais do campo e as aves dos céus, para que dominasses sobre todos eles, tu és a cabeça de ouro." Daniel 2:37 e 38. Aí está, com clareza meridiana, o significado dos diferentes elementos da estátua: se a cabeça de ouro representa a Babilônia, cada parte deve representar um reino na sucessão dos grandes impérios mundiais. Essa idéia é confirmada pela leitura dos versos seguintes do capítulo 2 de Daniel. Mas, alguém poderia levantar a seguinte objeção: se o texto bíblico está dizendo que a cabeça dourada representa Nabucodonosor, como vocês estão me dizendo que se refere a Babilônia? Devemos nos lembrar que nos tempos antigos a figura do rei se confundia com o seu domínio. Há registro disso até tempos relativamente recentes. Por exemplo, atribuem-se geralmente a Luís XIV, o Rei-Sol da França, os seguintes dizeres: "o Estado sou eu". Assim, durante longo período da História da humanidade, tomou-se a pessoa do rei pela do Estado ou vice-versa e, portanto, mencionando Nabucodonosor, o profeta intencionava fazer referência ao próprio Império Babilônico.
 
De fato, a Babilônia bem podia ser comparada à cabeça de ouro. Dominou vasta região do mundo desde a ascensão de Nabucodonosor, em 605 A.C., até ser conquistada, em 539 A.C., pelos exércitos combinados da Média e da Pérsia. Quem nunca ouviu falar dos jardins suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo? Esses jardins foram construídos justamente por Nabucodonosor e eram um símbolo do apogeu da nação dos caldeus.
 

OS PEITOS DE PRATA - PÉRSIA.


 
Todavia, segundo a profecia, o Império Babilônico não haveria de durar eternamente, pois assim se expressou o jovem Daniel: "Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu." Daniel 2:39. Os monarcas que governaram a Babilônia depois da morte de Nabucodonosor foram fracos e não conseguiram deter o avanço dos medos e dos persas, até que esses invadiram a poderosa cidade da Mesopotâmia. O próprio Daniel predisse essa cena ao último rei babilônico, Belsazar: "Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas." Daniel 5:28. E ele mesmo assistiu à comprovação daquilo que anunciara: "Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino." Daniel 5:30 e 31.

 

VENTRE E QUADRIS DE BRONZE - GRÉCIA.


 
O Império Medo-Persa sucedeu Babilônia no domínio do mundo antigo e manteve sua supremacia até o ano 331 A.C., quando Alexandre Magno derrotou as forças persas na batalha de Arbela e estabeleceu o vasto domínio dos gregos. Aliás, essa transição do Império Persa para o Macedônico (ou Grego) já tinha sido predito na própria passagem de Daniel 2:39: "Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda terra." Contudo, o Império Helenístico de Alexandre também chegaria ao seu termo, pois a predição fazia menção ainda às pernas de ferro da imagem.

 

AS PERNAS DE FERRO - IMPÉRIO ROMANO.


 
Observe as seguintes palavras: "O quarto reino será forte como ferro; pois, o ferro a tudo quebra e esmiuça: como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará." Daniel 2:40.

 
Depois da morte de Alexandre, o Império Grego foi desmembrado em quatro partes que pouco a pouco foram sofrendo algum tipo de intervenção por parte daquele poder que gradativamente haveria de se transformar na mais imponente Monarquia que o mundo já conheceu, Roma. O Império Romano subjugou todo o território adjacente ao Mar Mediterrâneo, desde o norte da Europa até o Oriente Médio.

 

OS PÉS EM PARTE DE BARRO E EM PARTE DE FERRO - EUROPA DIVIDIDA.

 

Fato curioso encontramos a seguir: embora Roma não devesse durar para sempre, seu poderio não seria sucedido por outro império mundial, mas sim fragmentado em pequenos reinos, como se percebe na seguinte declaração: "Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, será isso um reino dividido: contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com o barro de lodo. Como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com o barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro." Daniel 2:41-43. O Império Romano não conseguiu deter o ingresso, em seu território, das diversas tribos bárbaras provenientes do norte europeu e, por fim, caiu em seu poder. Em 476 A.D., o último imperador romano foi deposto pelos hérulos. Findava, assim, a férrea Monarquia de Roma. Essas tribos bárbaras dividiram entre si a Europa e, desde então, nunca mais se levantou outro duradouro império universal. Por certo que foram feitas tentativas, como as de Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler, mas todas em vão, pois a sentença da profecia era clara: "…não se ligarão um ao outro".

 
Parte da Estátua
Composição
        Império               
      Período
       Cabeça de Ouro           

       Ouro        

        Babilônia            

605 AC - 539 AC  
Peitos e Braços de Prata     

       Prata       

      Medo-Pérsia        

539 AC - 331 AC




Quadris e Coxas de Bronze
 
   
    Bronze        
           Grécia               331 AC -168 AC
                  Pernas

    Ferro         

   Império Romano
  168 AC - 476 AD
     Pés e Dedos                  
Ferro e Barro
     Europa Dividida   
   476 AD - ........   

Os acontecimentos tiveram lugar exatamente conforme a predição! Prezado leitor, essa é uma forte e sólida evidência da veracidade da Bíblia. Suas predições se cumprem!!! Qualquer livro de História Geral atesta isso. Mas, veja que a profecia não termina aí. Existe ainda o simbolismo da pedra. O que ela representa? Deixemos que o próprio Daniel nos explique esse ponto: "Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo: esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus fez saber ao rei o que há de ser futuramente. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação." Daniel 2:44 e 45. Outra passagem esclarecedora do assunto é Atos 4:11: "Este Jesus é pedra.". Querido leitor, essa pedra do sonho de Nabucodonosor representa nosso Senhor Jesus Cristo que virá brevemente para destruir o atual sistema iníquo de coisas que impera sobre a terra e para instaurar um reino que jamais terá fim. Ele mesmo prometeu voltar: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também." João 14:1-3. Dentro de pouquíssimo tempo, nosso Senhor Jesus há de voltar! E quando vier, aqueles que estiverem realmente preparados, com suas vidas acertadas com Deus, serão recebidos em Seu reino de glória mui excelente.
 
 
Prepare-se! Ele deu Sua palavra e, com toda certeza, ela há de se cumprir. Devemos notar ainda outro detalhe extremamente relevante no relato de Daniel: a pedra não atingiu a cabeça de ouro, ou os peitos e braços de prata, ou os quadris e coxas de bronze, ou, por fim, as pernas de ferro. Não!!! Ela foi arremessada precisamente contra os pés da imagem. E o que isso quer dizer? Que Cristo não deveria estabelecer Seu reino noutra época da História terrestre, mas precisamente em nosso tempo. É isso mesmo! 

Queira ou não o mundo, breve Jesus vai voltar! Por que não aceitá-lo agora mesmo como Seu Salvador? Neste exato momento, Ele está fazendo o terno convite: "Vinde a Mim." Mateus 11:28. Que o Espírito Santo possa ajudá-lo a tomar hoje mesmo essa decisão, a mais séria de toda a sua vida! Que Deus o abençoe! Amém! (extraído do site evidências proféticas)

Nos Passos de Cristo

Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, [...] [que] a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens. (Filipenses 2:5-7)

 

O Filho de Deus deixou Suas riquezas, honra e glória e revestiu Sua divindade com a humanidade, essa humanidade que pode se apoderar da divindade e tornar-se participante da natureza divina. Ele veio não para viver em palácios reais, sem preocupações ou trabalhos e ser provido de toda comodidade que a natureza humana tão naturalmente anseia. O mundo jamais contemplou o Senhor em toda a Sua riqueza. No concílio do Céu, Ele escolheu permanecer nas fileiras do pobre e do oprimido, aprender o ofício de seus pais terrenos. Ele veio ao mundo para ser um reconstrutor de caráter e trouxe para o trabalho que realizava a perfeição que desejava reproduzir no caráter que estava transformando por Seu divino poder.
Também não se esquivou de participar da vida social de Seus compatriotas. A fim de que todos pudessem estar familiarizados com esse Deus manifestado em carne, Ele Se misturava com todas as classes da sociedade e era chamado de amigo dos pecadores. Cristo possuía em Si mesmo o direito absoluto sobre todas as coisas, mas entregou-Se a uma vida de pobreza para que o ser humano pudesse se tornar rico nos tesouros celestiais. Sendo o Comandante das cortes celestes, assumiu o mais humilde lugar na Terra. Rico, fez-Se pobre por amor de nós.
Por algum tempo ainda o Senhor permite que o homem seja Seu administrador, para que possa provar seu caráter. É nesse tempo que o ser humano decide seu destino eterno. Se agir em oposição à vontade de Deus, não poderá pertencer à família real. 

Damos evidência da graça de Cristo no coração quando fazemos o bem a todos, sempre que temos a oportunidade. A prova de nosso amor é dada em um espírito semelhante ao de Cristo, na boa vontade de partilhar as boas coisas que Deus nos deu, na espontaneidade em praticar a abnegação e o sacrifício a fim de ajudar a promover a causa de Deus e da humanidade sofredora. Nunca devemos passar por alto o objeto que solicita nossa liberalidade.
O Senhor usará a todos que se dispuserem ser usados por Ele. Requer, porém, um serviço de coração. Quando entregamos o coração a Deus, nossos talentos, nossas energias, nossas posses, tudo o que temos e somos será consagrado ao Seu serviço (Review and Herald, 15 de maio de 1900).

MEMÓRIA ABENÇOADA

A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão. (Prov. 10:7)


Uma característica dos provérbios é o uso da antítese. Através da antítese, o autor ensina uma lição por contraste. Apresentam-se dois caminhos, duas situações ou dois destinos, e implicitamente deixa-se a escolha com o leitor.

No verso de hoje, fala-se do justo e do perverso. O que acontece com a memória do perverso? O perverso não tem em conta a Deus nas suas decisões e, quando morre, “cai em podridão”, afirma o texto.

Você se atreveria a colocar no seu filho o nome de Judas, Nero ou Hitler? Mas você encontra cachorros com esses nomes. Isto mostra que “os perversos” não são esquecidos. São lembrados, mas com pena, com dó, com tristeza e, às vezes, com mágoa e raiva.

Em vida, essas pessoas tiveram tudo o que o ser humano aparentemente precisa para ser feliz: fama, riqueza, prazer e poder. Compensou? Quem sabe sim, do ponto de vista humano. Mas, e aí? A vida é apenas isso?

Multidões correm atrás das luzes fascinantes desta vida. Glória, fama, riqueza e poder parecem tornar-se as coisas mais importantes, enquanto as pessoas amadas ficam à beira do caminho, esperando uma palavra de amor, um gesto de carinho, ou um pouco de tempo para sentir-se importante. A vida passa. Quando você percebe, a primavera e o verão já foram, o inverno chegou e você está só, cheio de dinheiro, poder e fama, talvez. Mas irremediavelmente só.

Em contraste, “a memória do justo é abençoada”. Porventura, não se contam até hoje as histórias de José, Daniel, Isaque e outros heróis da fé?

Preciso todos os dias revisar os valores que me inspiram, preciso repensar as minhas motivações. Quanto vale a confiança de um filho, a compreensão da esposa ou o sorriso de um neto? Quanto vale o olhar agradecido de alguém a quem ofereci um pouco de meu tempo?

Você está vivendo e trabalhando só para esta vida ou também para a eternidade? Analise isso, porque “a memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão”. (Alejandro Bullón)

MINHA FRAGILIDADE

Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. (Sal. 39:4)
 
Hoje, quero convidar você a pensar na brevidade da vida. É o que o salmista faz. Ele nos leva a pensar. O inimigo não gosta que o ser humano pense, especialmente quando se trata de assuntos espirituais. Essa é a melhor maneira de levá-lo a viver descuidadamente, como se a vida nunca fosse terminar.
O apóstolo Tiago parece desenvolver o pensamento do texto de hoje ao declarar: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” Tiago 4:13 e 14.
A Bíblia não ensina que fazer planos seja errado. Uma vida sem planos não tem sentido. O salmista aconselha a planejar, tendo em conta a brevidade da vida.
Se você tivesse que fazer apenas cinco coisas na vida: criar seus filhos, conseguir um título profissional, construir uma casa, estar em paz com Jesus e deixar uma boa herança para seus filhos. Qual seria a ordem de prioridade? Que coisa você faria primeiro? Qual deixaria para o fim? Uma coisa depende da outra? Com certeza; mas o fundamento espiritual lhe dá sentido a tudo.
Quantas vezes encontro pessoas que, no fim da existência, lamentam-se pelo tempo perdido e as oportunidades desperdiçadas.
Um homem que cometeu suicídio ao descobrir que estava com Aids deixou escrito o seguinte: “Deus me chamou na meninice, na juventude e na vida adulta. Nunca quis ouvir Sua voz. Hoje, descobri que estou condenado. Sei que morrerei e sinto a voz de Deus chamando-me. Mas, por que devo aceitar, se a minha vida já não tem valor?”
Você reconhece a sua fragilidade? Sabe que hoje é, mas que amanhã não será? Por que não dar valor às coisas que realmente valem? Por que não mudar as prioridades da vida? Amar, perdoar, dar uma nova oportunidade a quem errou. Desfrutar as alegrias simples da vida, importar-se com as lágrimas de uma criança, ser gentil; enfim, são coisas pequenas que valem a pena serem vividas. Que a sua oração seja: “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade.” (Alejandro Bullón)

ECOS DO ALÉM...



Estes vídeos (em três partes) são imprescindíveis para todos aqueles que desejem conhecer mais acerca do espiritismo Kardecista.

O que os espíritos realmente são? Eles de fato existem? Esta e outras respostas você poderá encontrar logo abaixo.

 
 
 
 
 

O APARECIMENTO DE JESUS AOS SEUS DISCÍPULOS NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA

"Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!" (João 20:19)
 
Os discípulos estavam reunidos no primeiro dia da semana, mas observamos que o objetivo não era religioso, visto que eles estavam assim reunidos “por medo dos judeus”. Veja que eles também não sabiam que Jesus havia ressuscitado, e existem duas passagens bíblicas paralelas que provam isso. A primeira delas está em Marcos 16:11-14, e lemos o seguinte:
 
“Estes, ouvindo que ele (Jesus) vivia e que fora visto por ela, não acreditaram. Depois disto, manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam de caminho para o campo. E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito. Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado."
 
E a segunda passagem a provar que os discípulos não tinham conhecimento da ressurreição, tanto que ficaram “surpresos e atemorizados, pois acreditavam estarem vendo um espírito”, podemos encontrar em Lucas 24:36-46. Não foi a toa que Jesus lhes indagou: Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração?
 
Deste modo, foi preciso que Jesus "lhes abrisse o entendimento para compreenderem as Escrituras", as quais revelavam que Ele ressuscitaria no terceiro dia, para só então seus seguidores poderem passar a crer; em outras palavras, os discípulos não criam na ressurreição de nosso Senhor quando decidiram se reunir à tarde no domingo. Se reuniram por estarem com medo de que, assim como mataram o seu Senhor, os judeus viessem a persegui-los e mata-los também.
 
Digo isso porque algumas pessoas dizem que eles estavam reunidos porque sabiam que Jesus já tinha ressuscitado e estariam, pela suposta ciência deste fato, comemorando assim a ressurreição. Mas vimos acima que, no dia de domingo, eles nem haviam entendido ainda que Jesus havia ressuscitado. E, pelo que pude compreender das Escrituras, para comemorar a Sua ressurreição, Jesus previamente já houvera estabelecido o batismo por imersão; podemos ler isso em Romanos 6, nos versículos 3 em diante. Deste modo, é possível compreender qual fora a forma divinamente instituída para a comemoração da ressurreição do Filho de Deus, verbis:
 
“porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Romanos 6:3-5).

As escrituras são claras ao afirmarem que o rito estabelecido por Deus para a memória e celebração da ressurreição reside na instituição do batismo por imersão; uma vez que entramos nas águas batismais nós estamos sendo sepultados juntos com Jesus. O velho eu egoísta ali morre. E quando nós nos levantamos das águas batismais, estamos então, simbolicamente, ressuscitando para uma nova vida em Cristo Jesus.


 

Descanso em Cristo

A vós, que sois atribulados, descanso conosco. (2 Tessalonicenses 1:7)
 
                    O compassivo Salvador convida a todos para irem ter com Ele. Vamos crer em Suas promessas e não tornar o caminho da vida tão difícil. Não trilhemos o precioso caminho, aberto para a passagem dos redimidos do Senhor, com murmurações, dúvidas, pressentimentos sombrios e gemidos, como se forçados a desempenhar uma tarefa desagradável e severa. Os caminhos de Cristo “são caminhos de delícias, e todas as suas veredas, paz” (Pv 3:17). Se fizemos caminhos ásperos para nossos pés e assumimos pesados fardos de ansiedade ao ajuntar para nós mesmos tesouros sobre a Terra, mudemos agora de atitude, e sigamos o caminho que Jesus preparou para nós.
 
                    Nem sempre estamos dispostos a ir a Jesus com nossas aflições e dificuldades. Às vezes, derramamos nossos aborrecimentos em ouvidos humanos e contamos nossas aflições àqueles que não podem nos ajudar.
                    A brevidade do tempo é apresentada como incentivo para buscarmos a justiça e fazermos de Cristo nosso amigo. Mas não é esse o grande motivo. Parece egoísmo. Será preciso conservar diante de nós os terrores do dia de Deus. Para, por causa do medo, compelir-nos a agir retamente? Não deveria ser assim. Jesus é atraente. É cheio de amor, misericórdia e compaixão. Propõe-Se a ser nosso amigo, a andar conosco por todos os caminhos escabrosos da vida.
                    O convite de Cristo a todos nós é um chamado para uma vida de paz e descanso – vida de liberdade e amor, assim como para uma rica herança na vida futura e imortal. Não precisamos nos alarmar se esse caminho de liberdade nos levar por entre conflitos e sofrimentos. A liberdade que desfrutaremos será tanto mais valiosa porque fizemos sacrifícios para alcançá-la. A paz que ultrapassa todo entendimento vai nos custar batalhas com os poderes das trevas, lutas severas contra o egoísmo e os pecados do íntimo. Em face da tentação, devemos nos educar a enfrentá-la com firmeza, sem dar lugar a nenhum pensamento lamurioso, embora talvez esgotados do trabalho e de combater o bom combate da fé.
                    Não conseguimos reconhecer nosso Redentor no mais amplo sentido a menos que, com os olhos da fé, O vejamos a alcançar as maiores profundezas da miséria humana, tomando sobre Si a natureza da humanidade, a capacidade de sofrer, e pelo sofrimento demonstrando Seu poder divino para salvar os pecadores e elevá-los à comunhão com Ele. (Review and Herald, 2 de agosto de 1881).

O DIA QUE O APÓSTOLO PAULO ELEGERA PARA O DESCANSO

                   

Na cidade de Corinto, Paulo trabalhou um ano e meio fazendo tendas. O fato de que se dedicasse a uma atividade não religiosa durante um tempo tão prolongado nos ajuda a descobrir o dia em que ele repousava e que, desta maneira, ele reservava para as atividades religiosas. Atos 18:3, 4 nos dão essa resposta:
 
E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas. E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos.” (Atos 18:3-4). E caso voltemos a nossa página um pouquinho só, para atos 16:13, você irá encontrar nas viagens de Paulo algo muito interessante, que faz bem prestarmos atenção:
 
                    "No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido." (Atos 16:13). E isso é muito curioso, vez que os cristãos, mesmo muito tempo depois de Jesus Cristo ter ressuscitado, estavam guardando o sábado, e o mais interessante é que essas pessoas cristãs não faziam parte do povo judeu, o que é facilmente identificado em razão de ali nos ser dito o nome deles: "Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia." (Atos 16:14). Meus irmãos e irmãs em Cristo, que Deus seja louvado, porque a bíblia é clara a este respeito.
 
                    E se o apóstolo Paulo realmente entendesse que o sábado, o sétimo dia, não devesse mais ser observado, então porque ele não aproveitaria esta oportunidade e daria o exemplo aos irmãos gentios recém-convertidos acima citados, de modo a não deixar mais dúvidas quanto a sua suposta mudança para o domingo? No entanto, o que vemos é justamente o oposto.

IMPLORO A TUA GRAÇA

Imploro de todo o coração a Tua graça;
compadece-Te de mim, segundo a Tua palavra (Sal. 127:1)


                    O infarto foi quase fatal. No dia 25 de fevereiro de 1990, o coração de Terry Schiavo parou apenas por um instante, o suficiente para que o sangue deixasse de irrigar o cérebro. A consequência foi um terrível dano cerebral. Na época, Terry tinha apenas 26 anos. No dia em que escrevi esta meditação ela faleceu, após quinze anos de sobrevivência em estado vegetativo. Seu caso deu volta ao mundo por causa de uma guerra judicial entre o esposo e os pais de Terry.

                    Um instante. Foi apenas um instante que o sangue deixou de irrigar o cérebro. Quando a oxigenação do cérebro retornou, já era tarde. A partir daquele instante, a vida de Terry carregou consequências funestas. Era uma vida “sem vida” e que deu origem à polêmica sobre se valia ou não a pena deixar um ser humano viver nesse estado.

                    Como o cérebro precisa de oxigênio, o ser humano precisa de Jesus. Por isso, o salmista exclama: “imploro de todo coração a Tua graça”. Vivemos pela graça. Existimos pela graça e somos salvos unicamente pela graça.
                    Se a vida é um dom, nada fizemos para merecê-la. Um dom é um presente. Você não paga. Precisa apenas aceita-lo.

                    Como você age diante de um presente? Geralmente, o valor que ele tem para você vai depender do sentimento que tem pela pessoa que lhe oferece o presente. Qual é o tipo de relacionamento que você tem com Deus? É isso que vai determinar sua forma de administrar o presente.


A única coisa que sustenta a vida é a graça maravilhosa de Deus. Separados de Deus já não vivemos, apenas sobrevivemos, às vezes em estado “vegetativo”, esperando que chegue o dia em que o coração pare de bater.

Torne hoje um dia de comunhão com o Senhor da vida. Você não precisa deixar de lado suas atividades rotineiras. Mas encare os desafios que se apresentam diante de você, com a certeza de que não está só. Deus é sua constante força. Ele está ao seu lado, mesmo que as circunstâncias adversas tenham envolvido você como densas sombras e não lhe permitam enxergar nada. Clame: “Imploro de todo o coração a Tua graça; compadece-Te de mim, segundo a Tua palavra”. (Cf. BULLÓN, Alejandro. Meditações diárias: janelas para a vida. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2011. p. 11)

A Videira e Seus Ramos

Eu sou a videira verdadeira, e Meu Pai é o agricultor. (João 15:1)
 
                    Em Suas lições, Cristo não procurava usar coisas muito grandiosas, extravagantes. Ele veio para ensinar, da forma mais simples, verdades que eram de vital importância, que até mesmo a classe que Ele chamava de bebês era capaz de compreender. No entanto, em Suas mais simples ilustrações, havia tal profundidade e beleza que até mesmo as mentes mais educadas não se podiam cansar.
 
                    A videira foi muitas vezes usada para simbolizar Israel, e a lição que Cristo agora ensinava aos Seus discípulos era extraída dela. Ele poderia ter usado a elegante palmeira para representa-Lo. O imponente cedro que se eleva em direção ao céu, ou o forte carvalho que estende seus galhos e os ergue para o alto, Ele poderia ter usado para representar a estabilidade e a integridade daqueles que são Seus seguidores. Ele, porém, usou a videira, com seus ramos, para representar a Si mesmo em relação aos Seus verdadeiros seguidores.
                    “Eu sou a videira verdadeira, e Meu Pai é o agricultor”.
                    Nos montes da palestina plantou nosso Pai celestial essa boa Videira, e Ele mesmo era o Lavrador. Não havia característica física alguma que à primeira vista desse a impressão de Seu valor. Ela parecia brotar como raiz em solo seco, e atraiu pouca atenção. Muitos foram atraídos pela beleza dessa Videira, reconhecendo-Lhe a origem celestial. Os cidadãos de Nazaré ficaram extasiados ao testemunhar Sua beleza; ao receber, porém, a ideia de que ela se tornaria mais graciosa e atrairia mais atenção do que todos, eles lutaram a fim de arrancar a preciosa planta pela raiz e lança-la para o outro lado do muro. Tomaram a planta e a esmagaram, pisando-a sob os pés profanos. Seu pensamento era o de destruí-la para sempre, mas o celestial Lavrador nunca perdeu de vista Sua planta. Quando os homens pensavam que a tinham matado, Ele a tomou e a plantou do outro lado do muro. Ele a ocultou da visão terrena.
                    Cada ramo que frutifica é um representante vivo da videira, pois apresenta o mesmo fruto da videira. Cada ramo revelará se possui ou não vida, pois onde há vida há crescimento. Existe uma comunicação contínua das propriedades vitais da videira, e isso é demonstrado pelo fruto que os ramos apresentam.
                    Como o enxerto recebe vida quando ligado à videira, assim o pecador participa da natureza divina quando em União com Cristo. O ser humano finito é ligado com o infinito Deus (Review and Herald, 2 de novembro de 1897).

Uma nova vida e uma nova maneira de vivê-la

                     O que significa andar no Espírito?
 
                     Recentemente eu estava ouvindo um sermão da “primeira igreja batista” de Vancouver e me deparei com algumas interessantes asserções. Dentre elas estava a de que ao andar no Espírito, é produzido no crente, como diz o apóstolo Paulo, os chamados “frutos do Espírito”. E nesse andar seríamos então forjados à semelhança das virtudes que assinalaram a vida de Jesus: amor, alegria, paz. E passaríamos então a tratar as pessoas em sincronia com o mesmo Espírito que imbuiu o Salvador: com mais paciência, bondade e generosidade. E, por fim, que ao continuarmos assim nos passos de Cristo, seria paulatinamente construída em nós a própria maturidade espiritual interior de Jesus: fidelidade, docilidade e autocontrole.
 
Deste modo, a qualidade de vida produzida pelo Espírito do Senhor Jesus Cristo estaria em total e assinalada oposição aos desígnios do coração não regenerado (daqueles que ainda não creem Nele, nem o aceitaram como seu Salvador pessoal). E essa qualidade ou virtude produzida na vida dos que amam a Deus é justamente o que Paulo quis designar por “frutos do Espírito”.
 
                     Diz ainda o pregador (do sermão em comento) que a palavra “fruto” enfatiza o fato de que nós não o produzimos. Da mesma forma que os ramos de uma árvore não podem produzi-los sem estarem conectados com ela, da mesma forma procede conosco. Em estarmos conectados a Jesus, que a si mesmo se denominou como sendo a Videira verdadeira, passaremos a receber a Sua vida da mesma forma que os ramos da videira recebem a seiva que lhes dá vida e permite a produção de folhagens e frutos.
 
                     Sob este aspecto, não seria em decorrência de algum poder interior inerentemente nosso que poderíamos agir em conformidade com a bondade e perfeição de caráter que Jesus manifestou enquanto viveu conosco aqui na Terra. O que Paulo ecoa são as palavras de Cristo em João 15: os bons frutos advêm do fato de já estarmos vivendo em Cristo e não por mérito nosso.
 
                     E dentre o rol dos frutos do Seu Santo Espírito que ele deseja reproduzir em nós, estaria o amor, aquele amor abnegado e incondicional que Jesus Cristo manifestou no seu trato com cada um de nós da família humana.
 
                     E Ele certamente requer isso de todos aqueles que professam serem os Seus seguidores, “porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros (1 João 3:11)”.
 
                     Porém, o apóstolo S. João enfatiza a existência de uma condição essencial – uma causa ou fator causal inicial – para que esse mesmo amor de Jesus possa se manifestar como uma virtude em nós.
 
                     Dito isso, qual seria essa condição especial para que possamos, só então, sermos aperfeiçoados nesse amor de Jesus transcrito acima?
 
                     Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:" [1 João 2:6]"
 
                     E qual (ou melhor, quem) é essa palavra que precisa ser guardada?
 
                     "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" [João 1:1]. Vemos que essa palavra é o próprio Jesus. E esse mesmo Jesus nos disse que um requisito para que o Espírito Santo possa até mesmo ser dado a nós - de forma eterna - é que guardemos os Seus mandamentos:
 
                     "Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" [João 14:15, 16].
 
                     Sabemos que esses mandamentos de Jesus, na nova aliança, estão sendo inscritos no nosso coração e, em virtude disso, não mais devendo ser obedecidos como uma Lei escrita que exista fora de nós:
 
                     "E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis... Porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo." [Ezequiel 36.27; Hebreus 8.10].
 
                     Assim sendo, a bíblia enfaticamente nos declara que precisamos nos encontrar guardando os mandamentos de Deus – aqueles que estão sendo reescritos em nossos corações – como pré-requisito para que possamos até mesmo nos considerar como estando verdadeiramente aperfeiçoados no amor” de Cristo, tal como estão os ramos enxertados na Videira: "Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos." [1 João 2:3].
 
                     Frise-se que essa “guarda” jamais poderá decorrer de algum mérito nosso, mas unicamente como o resultado da força e poder a nós concedidos como corolário da nossa conexão com a Fonte de toda a Vida e Poder: Jesus Cristo.
 
                     Não obstante, na medida em que estes mesmos mandamentos estão sendo assim reescritos em nossa própria natureza interior, então ao guardá-los, já não estaríamos fazendo outra coisa a não ser seguir os nossos próprios impulsos assim santificados pelo Espírito.
 
                     Nesse aspecto, não existiria propriamente uma obediência, uma vez que qualquer ato que fizermos - por ocasião do término desse processo de inscrição das Leis de Deus na nossa própria mente (e não mais em tábuas de pedra) – já seria um ato de obediência perfeita no Espírito. O ato de guardar ou obedecer deixaria de ser um mero esforço humano em tentar observar as santas formalidades legais (do Sumo Legislador, frise-se) que conflitassem com nossa natureza interior. Isso porque a nossa natureza já estaria então inteiramente modificada pelo poder da Graça redentora e transformadora de Cristo; em vista disso, o fazer a Sua vontade já o seria o fazer a nossa própria vontade.
 
                     O ato de continuamente obedecer aos preceitos puros e santos da Lei divina seria tão fácil como o é para uma pessoa saudável manter a sua respiração (me refiro aqui ao ato inconsciente de aspirar e expirar). E nesse sentido, para essas coisas (digo, esses frutos do Espírito) não haveria mesmo Lei (“old written code”) a nos condenar, uma vez que não precisaríamos mais dela para nos guiar como anteriormente (quando vivíamos sem o Espírito e Seu poder renovador).
 
                     Mas pergunto: isso tornaria os princípios dessa Lei – que fora anteriormente escrita (pelo próprio dedo de Deus e não por homens) em tábuas de pedra – inoperante após a sua inscrição em nossos corações? É claro que não. Ela apenas passaria a fazer parte da nossa nova natureza. Não é por outra razão que o apóstolo Paulo disse reiteradas vezes: “Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom." [Romanos 7:12].
 
                     E não por outra razão também que o apóstolo Tiago declara ser esta Lei reescrita “a lei da liberdade”. E de fato, ao fazer parte de nós ela se torna uma lei que nos torna livre da escravidão do pecado. Não mais transgredimos assim a Santa Lei de Deus graças à nova aliança prometida em Cristo Jesus. Daí a superioridade da “nova” promessa.
 
                     Quando você é muito bom em fazer algo e sabe que não haveria ninguém melhor que você mesmo para desempenhar alguma atividade específica e muito importante, certamente então você não delegaria assunto tão delicado nas mãos de mais ninguém. E assim podemos entender porque os Dez Mandamentos são a única parte da bíblia que não foi inspirada pelo Espírito Santo, isso porque o próprio Deus (Jesus) fez questão de escrevê-los pessoalmente: “O próprio Deus havia feito as placas e tinha gravado nelas os mandamentos.” [Êxodo 32:16 NTLH].
 
MAS NÃO ESTARIAMOS COM ISSO SENDO POSTOS NOVAMENTE DEBAIXO DA VELHA ALIANÇA? PORVENTURA, COM O ADVENTO DA NOVA ALIANÇA, NÃO FORAM OS 10 MANDAMENTOS ABOLIDOS?
 
Eu sinceramente creio que não, e isso pelas seguintes razões, verbis:
 
 
“A questão das alianças (ou concertos) tem sido muito distorcida e mal compreendia. Brevemente, permita-me informar o que a Antiga Aliança não era os Dez mandamentos. Por quê? Porque eles não estavam antiquados e prestes a desaparecer (Hebreus 8:13). Eles não tinham pobres promessas (Hebreus 8:6) e eles não eram defeituosos (Hebreus 8:7).
 
Então, o que foi a Antiga Aliança e como foi ratificada? Foi um acordo entre Deus e Israel em Êxodo 19:5-8 por meio do qual o povo prometia guardar os Dez Mandamentos. Ela foi ratificada com a aspersão do sangue de novilhos em Êxodo 24:7 e 8. As pobres promessas do povo falharam porque eles tentaram obedecer exclusivamente com a força humana.
 
                     A Nova Aliança foi instituída e ratificada pelo sangue de Cristo em Sua Morte (Hebreus 12:24; 13:20 e Mateus 26:28). Ela foi efetivada quando Ele morreu: ‘Pois um Testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador.’ Hebreus 9:17.
 
                     Agora observe atentamente também este ponto sobre a Nova Aliança: “Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga, ou lhe acrescenta alguma coisa” (Gálatas 3:15). Isso significa que após a morte de Cristo nada poderia ser acrescentado à Nova Aliança ou tirado dela. Isso é porque Cristo introduziu a Ceia do Senhor na véspera de Sua morte – de modo que ela ocorreria sob a Nova Aliança (Mateus 26:28).
 
                     Pense também nesta pergunta, e não perca o significado dela: Quando se começou a observar o domingo? Todo o mundo responderá: muito tempo depois da ressurreição de Jesus. Logo o domingo não pode ser parte da Nova Aliança. Nada poderia ser acrescentado após a morte de Cristo, o Testador”[1].
 
 
                     Isso posto, é mesmo muito estranho até mesmo o ato de se cogitar que os Dez Mandamentos (ou um ou alguns deles) teriam sido abolidos, isso porque tanto o velho quanto o novo testamento são muito claros a este respeito:
 
1)    são estáveis para sempre e eternamente, vão cumprir-se com verdade e retidão.” (Salmos 111:8). Eles são eternos, e isso significa que eles não mudam ou serão apagados.
 
2)    Eles são perfeitos desde sempre. "A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma"; (salmos 19:7). E se eles já eram assim perfeitos, precisaria então a sua função ou propósito mudar?
 
3)    Se não fosse por Cristo, nós todos nem teríamos tido a oportunidade de nascer. Isso porque sem Ele, a posteridade da humanidade ainda estaria sendo irremediavelmente contada entre os transgressores da Sua Lei. "porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos (....)." (Isaías 53:12).
 
4)    "Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem". (Eclesiastes 12:13)
 
5)   “O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” (Provérbios 28:9).
 
6)    No Novo Testamento, quebra-los ainda é errado: "Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei." (1 João 3:4).
 
7)    A humanidade ainda precisa deles. "eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás." (Romanos 7:7).
 
8)    Guardá-los é um sinal de lealdade a Jesus. “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”. (João 14:15).
 
9)    Eles ainda são eternos. "E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei". (Lucas 16:17).
 
10)  Eles ainda são perfeitos. “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir”. (Mateus 5:17)
 
 
                     Deus é Eterno e Ele declara expressamente que não muda de ideia: "Porque eu, o SENHOR, não mudo" [Malaquias 3:6]. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.[Hebreus 13:8].
 
                     Sabemos também que toda a bíblia sagrada é inspirada por Deus [2 Timóteo 3:16, 17]. Por conseguinte, o Espírito Santo jamais poderia contradizer o Seu próprio testemunho anteriormente concedido, pois em Deus não pode existir variação ou sombra de mudança (Tiago 1:17).
 
                     Lendo Jeremias 28:1-9; 28:15-17 e Isaías 8:20 vemos que a mensagem do verdadeiro profeta se harmoniza com todas as mensagens que Deus enviou anteriormente através dos outros profetas. Esses textos implicam que a mensagem dos profetas bíblicos deve estar de acordo com a lei e o testemunho de Deus, manifestados ao longo de toda a Bíblia.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
                     Quando um músico vai tocar uma sinfonia escrita numa partitura, a sinfonia tem de estar em conformidade com essa partitura, pois de outra forma não se produziriam os sons belos e harmoniosos esperados, mas sim uma grande tragédia musical.
 
                     Mas ocorre que a “partitura” Perfeita e Santa que o Espírito Santo compôs, desde os tempos mais antigos da Eternidade, é justamente a que agora Ele utiliza para dar o “ritmo” melodioso no qual os Seus seguidores deste mundo devem “sincronizar-se”. Ir em contradição a isso implicaria o sério risco de nos tornarmos tal como uma nota dissonante neste infinito Coro Musical do mais Perfeito e Santo amor.
 
                     Essa partitura a que me refiro é a Sua Santa Lei, cujos princípios eternos foram retransmitidos no monte Sinai e agora estão sendo insculpidos em nossos corações.
 
                     Acrescente-se a isso que, o andar e o dançar na cadência do Espírito e, continuamente durante essa trajetória rítmica, ficar assim exclamando “Oh Yeah, I like that!” (como o pastor do sermão a que aludi no início desta mensagem), nunca poderá, é bom ressaltar, deixar de se pautar pela notação musical contida nessa divina Partitura.
 
                     Por conseguinte, não podemos confundir a liberdade que o Espírito nos dá com os extremos da libertinagem” (espiritual). Nem podemos confundir também a Graça de Cristo, obtida mediante um Sacrifício Infinito pago pelo Imaculado Filho de Deus, com uma graça barata, que não exija nada de nós em retorno. Parafraseando C. S. Lewis, “a Graça de Cristo é sim gratuita, no entanto custará tudo o que a gente tem”.
 
 


[1] Cf. QUEIRÓS, Manassés. Escola Bíblica On-line. Escola Bíblica, S.l., s. d. Disponível em: amigosdejesus.com.br> Acesso em 24 Jul. 2013.