Descanso em Cristo

A vós, que sois atribulados, descanso conosco. (2 Tessalonicenses 1:7)
 
                    O compassivo Salvador convida a todos para irem ter com Ele. Vamos crer em Suas promessas e não tornar o caminho da vida tão difícil. Não trilhemos o precioso caminho, aberto para a passagem dos redimidos do Senhor, com murmurações, dúvidas, pressentimentos sombrios e gemidos, como se forçados a desempenhar uma tarefa desagradável e severa. Os caminhos de Cristo “são caminhos de delícias, e todas as suas veredas, paz” (Pv 3:17). Se fizemos caminhos ásperos para nossos pés e assumimos pesados fardos de ansiedade ao ajuntar para nós mesmos tesouros sobre a Terra, mudemos agora de atitude, e sigamos o caminho que Jesus preparou para nós.
 
                    Nem sempre estamos dispostos a ir a Jesus com nossas aflições e dificuldades. Às vezes, derramamos nossos aborrecimentos em ouvidos humanos e contamos nossas aflições àqueles que não podem nos ajudar.
                    A brevidade do tempo é apresentada como incentivo para buscarmos a justiça e fazermos de Cristo nosso amigo. Mas não é esse o grande motivo. Parece egoísmo. Será preciso conservar diante de nós os terrores do dia de Deus. Para, por causa do medo, compelir-nos a agir retamente? Não deveria ser assim. Jesus é atraente. É cheio de amor, misericórdia e compaixão. Propõe-Se a ser nosso amigo, a andar conosco por todos os caminhos escabrosos da vida.
                    O convite de Cristo a todos nós é um chamado para uma vida de paz e descanso – vida de liberdade e amor, assim como para uma rica herança na vida futura e imortal. Não precisamos nos alarmar se esse caminho de liberdade nos levar por entre conflitos e sofrimentos. A liberdade que desfrutaremos será tanto mais valiosa porque fizemos sacrifícios para alcançá-la. A paz que ultrapassa todo entendimento vai nos custar batalhas com os poderes das trevas, lutas severas contra o egoísmo e os pecados do íntimo. Em face da tentação, devemos nos educar a enfrentá-la com firmeza, sem dar lugar a nenhum pensamento lamurioso, embora talvez esgotados do trabalho e de combater o bom combate da fé.
                    Não conseguimos reconhecer nosso Redentor no mais amplo sentido a menos que, com os olhos da fé, O vejamos a alcançar as maiores profundezas da miséria humana, tomando sobre Si a natureza da humanidade, a capacidade de sofrer, e pelo sofrimento demonstrando Seu poder divino para salvar os pecadores e elevá-los à comunhão com Ele. (Review and Herald, 2 de agosto de 1881).

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