O APARECIMENTO DE JESUS AOS SEUS DISCÍPULOS NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA

"Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!" (João 20:19)
 
Os discípulos estavam reunidos no primeiro dia da semana, mas observamos que o objetivo não era religioso, visto que eles estavam assim reunidos “por medo dos judeus”. Veja que eles também não sabiam que Jesus havia ressuscitado, e existem duas passagens bíblicas paralelas que provam isso. A primeira delas está em Marcos 16:11-14, e lemos o seguinte:
 
“Estes, ouvindo que ele (Jesus) vivia e que fora visto por ela, não acreditaram. Depois disto, manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam de caminho para o campo. E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito. Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado."
 
E a segunda passagem a provar que os discípulos não tinham conhecimento da ressurreição, tanto que ficaram “surpresos e atemorizados, pois acreditavam estarem vendo um espírito”, podemos encontrar em Lucas 24:36-46. Não foi a toa que Jesus lhes indagou: Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração?
 
Deste modo, foi preciso que Jesus "lhes abrisse o entendimento para compreenderem as Escrituras", as quais revelavam que Ele ressuscitaria no terceiro dia, para só então seus seguidores poderem passar a crer; em outras palavras, os discípulos não criam na ressurreição de nosso Senhor quando decidiram se reunir à tarde no domingo. Se reuniram por estarem com medo de que, assim como mataram o seu Senhor, os judeus viessem a persegui-los e mata-los também.
 
Digo isso porque algumas pessoas dizem que eles estavam reunidos porque sabiam que Jesus já tinha ressuscitado e estariam, pela suposta ciência deste fato, comemorando assim a ressurreição. Mas vimos acima que, no dia de domingo, eles nem haviam entendido ainda que Jesus havia ressuscitado. E, pelo que pude compreender das Escrituras, para comemorar a Sua ressurreição, Jesus previamente já houvera estabelecido o batismo por imersão; podemos ler isso em Romanos 6, nos versículos 3 em diante. Deste modo, é possível compreender qual fora a forma divinamente instituída para a comemoração da ressurreição do Filho de Deus, verbis:
 
“porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Romanos 6:3-5).

As escrituras são claras ao afirmarem que o rito estabelecido por Deus para a memória e celebração da ressurreição reside na instituição do batismo por imersão; uma vez que entramos nas águas batismais nós estamos sendo sepultados juntos com Jesus. O velho eu egoísta ali morre. E quando nós nos levantamos das águas batismais, estamos então, simbolicamente, ressuscitando para uma nova vida em Cristo Jesus.


 

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