John Arrowsmith, pregador do século
XVII, conta numa de suas exposições que um filósofo ateu lhe perguntou: “Onde
está Deus?” Ele respondeu: “Primeiro me responda: Onde não está?”
O salmo do qual extraí o verso de
hoje tem como tema central o relacionamento entre Deus e a criatura, e destaca
os três atributos divinos: onisciência, onipresença e onipotência. É
fundamental para o ser humano reconhecer esses atributos para desfrutar uma
vida sadia. Se eu tenho a certeza de que Deus sabe tudo, não há razão para
esconder segredos que muitas vezes sufocam e envenenam meu coração. Por que não
buscar o maior psicanalista, Jesus, que, além de ouvir, tem a capacidade de
perdoar e entregar uma folha em branco para escrever uma nova história?
Se eu sei que Deus é
todo-poderoso, Sua onipotência tirará o medo do meu coração. Por mais difíceis
que sejam as circunstâncias, por mais impossíveis que pareçam as soluções para
o drama que vivo, sei que Deus Se levantará em meu favor e me tirará do mar de
problemas em que estou submerso.
Finalmente, se tenho consciência
de Sua onipresença, me perguntarei como o salmista: “Para onde me ausentarei? Para
onde fugirei?” Isto me livrará de cair no terreno espinhoso de uma vida
incoerente. O resultado será paz e equilíbrio psicológico.
Não existe nada mais destrutivo do
que a penumbra que envolve a vida de quem pretende esconder-se de Deus. Não são
trevas, porque nas trevas moram aqueles que extirparam a Deus de sua vida. Estes
não enxergam mais nada e, em consequência, vivem como se estivessem
anestesiados.
A penumbra é terrível porque você
vive no limite do dia e da noite. Tomara que seus olhos não vissem nada, mas veem.
Silhuetas, sombras, figuras sem forma que o assustam e paralisam a vida. A
penumbra é capaz de enlouquecer uma pessoa. Procure a luz.
Este é um novo dia para você e para mim. Permitamos
que o Sol da Justiça entre definitivamente pelas janelas da vida, trazendo a
oportunidade de recomeçar tudo, porque: “Para onde me ausentarei do Teu Espírito?
Para onde fugirei da Tua face?” (Cf. BULLÓN, Alejandro. Meditações diárias: janelas para a vida. São Paulo: Casa
Publicadora Brasileira, 2011. p. 53)
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