Veio para o que era Seu, e os Seus não O
receberam. João 1:11
No primeiro advento de Cristo, que ocorreu em
aparente obscuridade, os anjos do Céu quase não puderam ser impedidos de
manifestar a glória deles para abrilhantar o nascimento do Filho de Deus. As
gloriosas manifestações do Céu não foram restringidas por completo. O evento
maravilhoso não ocorreu sem algumas confirmações de seu caráter divino. Esse
nascimento, para o qual houve tão pouca preparação na Terra, foi celebrado nas
cortes celestiais com louvor e ações de graças a favor dos pecadores.
Ele, que veio em carne humana e Se submeteu a uma
vida de humilhação, era a Majestade do Céu, o Príncipe da Vida.
No entanto, os
sábios homens da Terra, os príncipes e governantes e até mesmo Sua nação não O
receberam.
Não O reconheceram como o tão esperado Messias.
A despeito dos
milagres poderosos que Ele operara, a despeito de ter devolvido a vista ao cego
e trazido o morto de volta à vida, Cristo sofreu ódio e maus-tratos do povo
que veio abençoar.
O povo O considerava pecador e O acusava de expulsar
espíritos maus por meio do poder do príncipe das trevas. As circunstâncias de
Seu nascimento eram misteriosas e comentadas pelos líderes. Eles O acusavam de
ter nascido em pecado. O Príncipe do Céu foi insultado por causa da mente
corrompida e da incredulidade perversa e profana dos homens. Como é maligna a
incredulidade! Ela foi originada com o primeiro grande apóstata. A rejeição do
Messias por parte de judeus mostra a terrível extensão a que a incredulidade
pode conduzir todos os que trilham esse caminho.
Os dirigentes de Israel afirmavam compreender as
profecias, mas haviam aceitado falsas ideias com respeito à maneira da vinda de
Cristo.
Aquele mesmo que morreu pelos pecadores há de
julgá-los no último dia, pois o Pai confiou ao Filho “todo o julgamento, e Lhe
deu autoridade para julgar, porque é o Filho do homem” (Jo 5:22, 27).
Que dia será esse, quando os que rejeitaram a
Cristo contemplarem Aquele a quem seus pecados traspassaram! Saberão então que
Ele lhes ofereceria o Céu inteiro se tivessem se colocado ao Seu lado como
filhos obedientes. Saberão que Ele pagou um preço infinito por sua redenção,
mas que não aceitaram a libertação da escravidão torturante do pecado.
Escolheram permanecer sob a perversa bandeira da rebelião até o fim do tempo de
misericórdia (Review and Herald, 5 de setembro de 1899).
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